O islamologista suíço Tariq Ramadan foi condenado na Suíça por violação e coerção sexual a uma pena de prisão de três anos, disseram os tribunais de Genebra na terça-feira, 10 de setembro, que o haviam absolvido em primeira instância.
Absolvido em maio do ano passado pelo tribunal criminal de primeira instância, o Tribunal Criminal de Apelação e Revisão o considerou
“culpado de estupro e coerção sexual”
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de uma mulher na noite de 28 para 29 de outubro de 2008 em um hotel de Genebra, informou o tribunal nesta terça-feira (10).
Ramadan, ex-professor da Universidade de Oxford, de 62 anos, foi condenado a “uma sentença de três anos de detenção”, um dos quais é obrigatório, segundo um comunicado.
A decisão, datada de 28 de agosto, pode ser objeto de recurso no prazo de 30 dias perante a Suprema Corte.
“Nossa cliente, é claro, está aliviada [com a decisão] e isso mostra o que ela teve que suportar para que a verdade viesse à tona”, disseram à AFP os advogados suíços da autora da queixa.
O intelectual suíço, uma figura carismática e controversa no islã europeu, sempre negou as acusações e pediu sua absolvição.
Convertida ao islamismo, a reclamante, que pediu para ser identificada pelo nome fictício de “Brigitte” para se proteger de ameaças, garantiu aos juízes que o estudioso islâmico a submeteu a atos sexuais brutais acompanhados de espancamentos e insultos na noite de 28 de outubro de 2008, no quarto de hotel onde ele supostamente a havia convidado.
A mulher apresentou uma queixa dez anos depois, argumentando que foi encorajada por ações semelhantes apresentadas por várias mulheres contra Ramadan na França.
Ela explicou que, antes de se encontrarem no hotel, os dois haviam trocado mensagens íntimas depois de se encontrarem em algumas ocasiões durante uma sessão de autógrafos e uma conferência.
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Na França, a defesa de Tariq Ramadan recorreu da decisão do Tribunal de Apelação de Paris de enviá-lo a julgamento pelo estupro de três mulheres, supostamente cometido entre 2009 e 2016. Espera-se que seu recurso seja ouvido em outubro.
Em maio do ano passado, em um julgamento muito tenso e amplamente difundido pela mídia, os juízes do tribunal o absolveram, alegando que não havia provas contra ele e que os depoimentos eram contraditórios.
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